King-kong - Um dia eu ainda apanho na rua

Você já pagou um mico por comentar algo que não devia – e pior, na hora errada? Eu s-e-m-p-r-e faço isso. Começarei com este post a série “King-kong - Um dia eu ainda apanho na rua”.

Biscatando no shopscenti

Tenho uma péssima mania: quando vou ao shopping fico reparando no look das sirigaitas. Lá a gente vê de tudo: tem as que acham que estão num casamento e abusam de saltos-agulha e brilhos; outras que não podem ver um solzinho no horizonte que tiram a mini-micro-nada-saia do guarda-roupa e mostram até a poupa do popô. Enfim...

Há um tempo atrás, estava dando umas voltas com meu namorado no mall pertinho de casa. Era um dia frio, daqueles que despenteiam os cabelos de tanto vento.

Eis que me deparo com um casal. Ele, de calça jeans e blusa de frio. Ela, com um minivestido de verão esvoaçante, balonê, com mangas molengas e ainda superestampado Bom, eu que eu sei é que se a People fizesse uma lista com todas as pessoas mais deselegantes do mundo todo, ela estaria no topo.

Um comichão tomou conta do meu corpo e eu não me contive:

- Nossa, Xu, olha a roupa da biscatona nesse frio.

Eu nem tinha acabado de pronunciar “frio” quando o comichão deu lugar a um gelo na espinha. Meu namorado diz que não, mas eu juro que falei baixinho. O namorido da moça virou pra trás e deu aquela olhada pra gente. Só deu tempo de eu dar um cutucão no meu parceiro de aventuras e virar à direita, para dentro do McDonald´s.

Passei o resto daquela tarde com vergonha de dar de cara com o casal 20 e jurei que nunca mais chamaria ninguém de “biscatona” – nem se ela tiver praticamente nua andando no shopping no inverno.

Adivinha quem é?

Não é fofinho? Não resisti aos bonequinhos. Eu bem gostava de brincar de Lego quando criança. E você?

Em busca da armação perfeita

Depois de sofrer semanas com uma dor de cabeça interminável, resolvi ir ao oftalmologista. Eis que a garota de visão perfeita usará óculos. Não, não usarei o tempo todo, mas pelo menos enquanto estiver forçando a vista, isto é, nas 10 horas diárias em que passo na frente do computador.

Mesmo com a vista dilatada, dei uma passadinha na ótica do shopping para ver alguns modelos de armações. Ó-b-v-i-o que sempre gosto dos mais caros. Mas para não fazer a besteira de comprar uma armação cara meio cegueta, preferi dar uma olhadinha na 25 de março.

Convoquei minha mãe para a missão e, às 7 da manhã, demos um pulo da casa. Nos vestimos adequadamente para evitar qualquer tipo de estresse com trombadinhas e afins (tipo tênis, pochete e capa de chuva) e saimos de casa. Depois de experimentar 457 modelos de armações fakes - pq o importante não é imitar o modelo, mas copiar a marca - cheguei a conclusão de que não acharia, ali, o meu parceiro de intermináveis tardes.

Em uma das lojinhas que entrei, ouvi o o diálogo mais hilário-absurdo do dia:

- Você tem armação da Ana Hickmann?
- Não, me desculpe. Aqui a gente só trabalha com Cartier, Dior, Dolce & Gabbana, Guess...

Pois é, minha gente. Tá achando que Shop 25 é pouca porcaria? Não queria dizer, mas na verdade eu é que não tenho "cacife" pra bancar um "Dior" made in China. E olha que a China está suuuper in! Acho melhor parcelar um sem-marca numa ótica mesmo...

Sobre um simples ato

Caros colegas, darei um humilde conselho – leia as entrelinhas. Atente-se a ele, senão poderá ser difamado.

Cena 1:

Levanto da cadeira e rumo ao banheiro, apertadíssima. Abro a porta e entro em uma das quatro portinhas. Faço o meu xixizinho – não vou entrar em detalhes, ok? – e saio do cubículo. Abro a torneira, molho as mãos, aperto a maquininha do sabonete, esfrego uma mão na outra e enxáguo.

Solto o cabelo. Prendo o cabelo. Solto o cabelo. Faço uma trança.

Cena 2 – enquanto solto, prendo, solto, tranço o cabelo:

Ela entra na portinha do banheiro, faz o xixi dela e sai duas vezes – do cubículo e do banheiro.

Cena 3:

Saio do banheiro e não vou para a minha mesa. Tenho coisa melhor pra fazer.

- Fulanaaaaaa, você não vai acreditar?
- Ai, conta logo.
- Sabe a cicrana? Aquela que trabalha em tal redação?
- Sei...
- Nuossa. Ela faz xixi e não lava a mão.
- Yéééécouuuuuuuuuuu.
- Nossa... muito nojento. E não tem nem vergonha. Viu que eu estava lá e mesmo assim não passou nem uma água pra disfarçar.
- Creeeedo!

Novo layout

Ufa... Mudar layout de blog cansa! Ainda não está pronto, mas o que estão achando da nova cara?

ps: só pra variar, tomei a liberdade sem falar com as meninas

Madonna vem aí!

Confirmado: Madonna vai fazer dois shows no Brasil. Comemoração (Êhhhhh!). Mas vem cá: DOIS SHOWS? DOIS?

Isso me cheira a organização exploradora que prefere "enfiar a faca" no preço dos ingressos apavorando os fãs com a possibilidade de ter apenas duas apresentações. E lembrando que será um show no Rio e um em São Paulo... então a correria será ainda maior.

Claro que vou tentar ir no show para ver Madonna, que é, sem dúvida, uma das maiores artistas de nossa época. Principalmente por, como mulher, ela ser tão poderosa na mídia. Mas isso é assunto para outro post. O que me irrita nessas situações é que no Brasil não se tem o menor respeito por quem se dispõe a assistir um show. Só relembrando, alguém lembra da confusão que foi comprar ingressos para ver o U2, há dois anos? Gente que passou a noite na fila (eu fui uma delas), falta de organização na hora da venda, gente comprando ingressos fraudulentamente no guichê especial (para idosos, deficientes e grávidas). O site, claro, não resistiu ao número de acessos e não funcionou. Depois, venda pelo telefone: a coisa mais injusta do mundo porque você depende da sorte para conseguir cair na linha sem ficar na espera.

Quando o Coldplay veio ao Brasil, recentemente, o mesmo problema: uma única apresentação, um preço salgadíssimo (R$500 no mínimo), em uma casa de shows minúscula - a Via Funchal. Conclusão: quem foi ao show (esse não me habilitei) reclamou bastante que o som ficou abafado, que o lugar estava lotado e que pagou muito por uma apresentação que não valeu tudo isso. Essa experiência me lembrou também o show da Norah Jones, que foi no Via Funchal, e que custou caríssimo. Você comprava o lugar (sentado na mesa) e descobria que, olha que bacana, a organização simplesmente abarrotou o lugar com tantas, tantas cadeiras, que não tinha espaço para ninguém andar (nem mesmo os garçons que nos vendiam água a R$5).

Indo bem mais perto na história, basta ver o que aconteceu com quem quis comprar ingressos para o show de João Gilberto aqui no Auditório Ibirapuera, ou da dupla Caetano e Roberto Carlos (que aconteceu no Rio fim de semana passado e também será realizado por aqui). Novamente o mesmo problema: filas imensas, um site que não funcionava (teve gente que comprou o ingresso antes do horário determinado para o começo da venda enquanto outras pessoas nem conseguiam acessar o endereço), confusão pelo telefone - sua ligação não garantia a compra, apenas colocava você numa "lista de espera". E os preço??? Salgados! Não estamos falando de trocado. Afinal, estipular um preço em R$200 no mínimo é excluir um monte de gente da oportunidade de se divertir. E para mim, isso é sinal de exploração. (Sem comentar que, no show de João Gilberto, para quem não sabe, mais de 300 ingressos ficaram reservados para "convidados", vide nossas pseudo-celebridades e seus amiguinhos). Assim fica fácil né!

Mas vamos lá. A Madonna vem aí, vale fazer um esforço e ver o que rola. Agora, me fala: você traz a mulher da casa dela em Londres para fazer UM único show em São Paulo? Tenha a dó! Quem quiser saber mais sobre o show, clica no link... tem preços, datas, etc.

Pêlos, por que tê-los?

O título desse post pode até ser óbvio. Mas a pergunta, não. Em tempos de mulheres modernas e descoladas, porque ainda sofremos com uma prática que foi inventada no Egito antigo (há boatos de que Cleópatra teria sido a primeira a criar uma espécie de cera capaz de retirar a penugem de suas pernocas). Se é verdade verdadeira, não sei. O fato é que num país como o nosso, no qual 99, 9999999% da população vem de uma misturança só de portuguêses, italianos, árabes, espanhóis, e outros povos de pele nada lisinha, uma herança é bem comum: os pêlos.

Esse mix que deu origem à nós, brasileiras "cravo e canela" (vide a Gabriela de Sonia Braga) também favorece o aparecimento de uma coisa bem chata chamada foliculíte. Em outras palavras, minha filha, p-ê-l-o e-n-c-r-a-v-a-d-o. Assunto chato né? Eu sei. Mas gostaria de dividir duas dicas aqui sobre isso. E não é lenda que nós da linha do Equador costumamos fazer depilação muito mais vezes do que a maioria das euopéias e americanas por exemplo. Afinal, são quilometros e quilometros de praias, rios e cachoeiras no interior, biquinis na gaveta, garotas de Ipanema, toda uma cultura à beira-mar impregnada nesses corpos tropicais (mesmo em São Paulo que pode não ter praia, mas tem piscina, ofurô, clube...).

Minha primeira dica é: esfolia, mulata, esfolia. Mas esfolia com vontade. Se tem uma coisa que vai deixar a sua pele LINDA é isso. Principalmente se você for morena. Mas tem que ter uma constância, tem que levar a sério, tipo 3 vezes por semana por exemplo. Sei que é complicado encaixar mais uma coisa na rotina de cremes, manicure, massagem, cuidado com os cabelos (e etc, etc), porém vale a pena. Faça o teste: compre um bom esfoliante corporal e comece pelas pernas. Eu indico um do Boticário (que não é caro - R$29, 90), da linha BodyActive, que tem óleo de amendoas na composição. Estou usando faz um tempinho e é ótimo porque não agride a pele.

A segunda dica é a mais "carinha". Junte dinheiro e pague uma depilação a laser. Sabe aquela blusa, sapato, bolsa, jantar no japonês que são sagrados? Troque tudo por meia hora de raios laser no seu corpinho. Será uma experiência libertadora para o seu ser. Imagine o que é nunca mais carregar uma giletinha na necessaire toda vez que for pra praia no verão? Ou então, não se preocupar porque esqueceu de depilar a virilha antes de sair com o bofe-escândalo que está te esperando no carro? Ou ainda, em quantas horas vai ganhar apenas por não ter mais que agendar a depilação no salão de beleza a cada 15 dias? Isso sem falar na dor, uma velha conhecida das mulheres.

Divido minha experiência aqui porque resolvi dar um basta nessa palhaçada de pêlos. Eles estavam me dando um trabalho louco, crescendo cada um numa hora, ganhando vida própria, fugindo do controle. Um tormento! Agora, algumas sessões mais pobre já sinto que estou no lucro. Para o verão 2009 só terei que me preocupar com a cor do bronzeado, a combinação do biquíni com a canga, qual protetor solar comprar... um luxo extremo!

Mas atenção: não se jogue na primeira clínica de estética da esquina da rua debaixo que anúncia depilação em 1800 vezes sem juros. O laser pode deixar sua pele manchada e, se a pessoa não for prudente (e profissional), também pode te queimar. Daí o tiro sai pela culatra, meu bem. O ideal é optar por fazer esse procedimento com um dermatologista (bem sério) ou pedir indicação para alguém que já fez e ficou feliz com seu próprio resultado. Também não pode tomar sol enquanto está tratando a pele com laser porque as duas coisas não combinam.

Entre na luta contra os pêlos. Não tem porque a gente sofrer por eles.

Penteado "craquelê"

Te desafio, agora: me moste uma só mulher que não fique enlouquecida com uma liquidação, que eu danço “Segura o tchan” em cima da minha mesa de trabalho. Eu sou aquela do tipo que compra já sabendo que vai se arrepender depois – mas isso não vem ao caso.

Um dia desses fui ao shopping trocar duas calças – que já estavam morando dentro do meu carro. Escolhi 457 peças e fui para o provador. Eis que escuto a seguinte conversa (em vermelho, minhas observações):

- Ai, querida, ficou lindo! – disse o vendedor (-gay com voz de gralha).

- Ah, nossa, ficou mesmo – respondeu a moçoila.

- Olha, eu acho que você deveria levar os dois, viu! Imagina que essa peça custava R$457 e agora está R$170. (Vendedor que é vendedor só elogia pra ganhar a cliente. Depois, tenta empurrar todas as peças que a pessoa levou ao provador)

- Só se você fizer um descontinho?

- Hum, deixa eu ver... Já sei: parcelo em 4 vezes pra você. (Grande coisa. O desespero das lojas é tanto que, ultimamente, se você levar uma calcinha de R$ 10, eles parcelam em 4 de R$2,50 – e sem juros)

...

- Olha, já te falaram que o seu cabelo é um arraso? Essa cor combina demais com o seu tom de pele. ($$)

- Ah, obrigada. Mas é chapinha, você sabe, né?

- Nossa, mas é muito bonito mesmo. Não é liso (ignorando o fato da moça já ter dito que era chapinha), não é enrolado, é meio “craquelê”... (?)

Se eu não estivesse semi-nua naquele cubículo empoeirado, colocaria a cabeça pra fora só pra descobrir o que é um cabelo “craquelê”. Logo imaginei a pobre moça com cabeça de artesanato. Alguém descobre, pelamordedeus?

Cara a cara com a rejeição

Ontem passei por uma experiência que há anos tinha conseguido evitar. Me encontrar novamente com uma pessoa do meu passado responsável por um tiquinho de alegria e um oceano de lágrimas. Ok, mea culpa na história, afinal eu bem sei que sou louca por um caso complicado, por um homem complicado...

Muitas vezes, tantas quantas pude, consegui evitar de me encontrar com ele. Faz 5 anos que tudo aconteceu... ou melhor, que nada aconteceu, já que foi uma história tão mal resolvida que cheguei a conclusão de que só existiu para mim. No começo foi difícil me desencontrar dele: estava em todos os lugares e eu tinha que me esgueirar por trás de postes e portas. Depois ele foi sumindo, sumindo, sumindo... até que não restou nada, apenas um nome, uma lembrança longinqua de alguma coisa que apertava, inevitavelmente, um botão de desconforto.

Pois bem. Ontem eu o revi. Não foi possível evitar, como das outras vezes, mas também nem queria que isso acontecesse. De repente, nem importava mais. Quando eu vi a figura daquele que há tanto tempo me apresentou ao termo "coração partido" percebi que estava de cara com um estranho. Ele não conseguiu me encarar, por um bom tempo. Também não foi fácil para mim mirar no rosto que um dia eu tinha achado o mais atraente dentre todos. Passado o primeiro quarto de tempo percebi que ele não acionava mais nada dentro de mim, que era um verdadeiro estranho para minha pessoa (seria para essa nova pessoa?), que tinha sido um equívoco.

Não me senti mal diante dele. Nem bem. Não senti nada. Nem lamentei por um dia ter passado por tantos sentimentos ruins decorridos da nossa pseudo-relação. Faz algum tempo que entendi o que aconteceu naquela época, na qual meu mundo se chocou com o de alguém que já estava acostumado a destruir mundos alheios por pura vaidade. Eu não tinha experiência para saber disso, era só uma menina, estava começando a vida fora do meu universo particular.

O encontro foi asséptico, um acenar de cabeça, duas palavras, olhares que não se cruzaram. Mas como o destino é brincalhão e não dá ponto sem nó, se eu tivesse que falar alguma coisa para ele seria "obrigada". Graças a ele, acidentalmente conheci outro homem que é capaz de me dizer que sou o amor de sua vida. E reativou meu coração.

As linhas até podem ser tortas na nossa existência. Mas a escrita é quase sempre a certa, já dizia o ditado.

Deixa eu dançar...

Está acabando... está acabando aquele tempo precioso que me foi concedido para fazer a faxina na minha vida, organizar tudo, colocar os sonhos nas prateleiras mais próximas e jogar as frustrações no lixo.

Já estou sofrendo da Síndrome da Volta à Vida Real. Ou será que a vida real é esta mesma de agora enquanto a outra não passa de um simulacro para o qual somos jogadas sem sequer ter chance de escolher. Só queria dançar, ler, estudar, e viajar para Praga - na República Tcheca.

Por isso que sumi. Mas que remédio...

Trio parado

Estamos assim: enquanto a Lu passeia, a Grá trabalha e eu tenho dor de cabeça.