Tenho 8 gatos. Todos eles vieram da rua. E sim, eu me orgulho de ter um coração de geléia e de me emocionar cada vez que vejo um bichinho de rua - isso quando eu não o “enfio na bolsa” e o levo pra casa. Uma vez fiz as contas com a minha mãe e já salvamos uns 30 animais. Não é muito, mas tentamos fazer sempre a nossa parte.

Por conta disso, fiquei passada com soube disso pelo site do PEA:

“Recentemente ficou comprovado que a Prefeitura de São Paulo MATA 95% dos animais recolhidos das ruas. Não existe nenhum programa de doação consistente e as condições dos animais são precárias.”

Puro descaso, não! Esse tipo de coisa dá um nó na garganta…

Como protesto, as entidades de proteção aos animais organizaram uma manifestação para o próximo dia 29 de abril, quarta-feira, às 13 horas, em frente ao CCZ-SP (R. Santa Eulália, 86 - Santana, São Paulo/SP). Não poderei estar lá por causa do trabalho, mas espero que uma multidão honre, de maneira extremamente pacífica, as vidas perdidas de maneira tão grotesca.

Tem mais informações aqui: www.manifesta.kit.net


*Post copiado do Estilo Ecochique

Survivor: 34 graus negativos*

Fui eu que insisti: "Marcela, conta essa história no nosso blog, por favor!!!". Ela atendeu ao meu pedido, ainda bem. Com vocês, mais uma convidada do As Esforçadas: Marcela Farrás e sua incrível e deliciosa éxperiência no frio canadense. Obrigada, Má!


Nunca imaginei que algum dia na vida eu sentiria um frio de dois dígitos negativos. Sabe aquelas temperaturas impensáveis, que só existem no ponto mais alto do Pólo Norte? Eu realmente não tinha noção do que me esperava em Montreal durante o auge do inverno canadense. Após algumas semanas em Vancouver, estava acostumada apenas com temperaturas de –5, -7, –9°C no máximo.

Logo que cheguei à ilha quebecoise, pensei: “Aqui é frio, mas não tanto quanto me disseram! Bando de pessoas exageradas”. Montreal seria fichinha! Hohoho...

Durante meus primeiros dias, questionei bastante a fama de geladeira do local. Até que meu mais novo amigo de infância Fábio conseguiu me amedrontar um pouco com seu discurso sobre os –20°C. Sempre que falávamos sobre temperaturas negativas, ele dizia “Frio de 20 graus negativos é horrível! Não dá pra sair na rua, tudo congela... Você anda de costas para o vento não te carregar e congelar os olhos”, e eu só pensava “Exageraaaaaaado!”.

Finalmente, o dia da minha iniciação ao frio congelante chegou! Ao sair de casa – ainda quando eu trancava a porta – senti minhas sobrancelhas, meus cabelos e (eca!) os pêlos do meu nariz congelarem. Não era um frio absurdo, eu estava bem com o casaco e as botas para neve, mas a sensação de congelamento do rosto foi desconfortável.

Choque superado, coloquei um cachecol sobre meu rosto e percorri cerca de 300 metros na rua, somente com os olhos de fora. Finalmente entrei no metrô, aliviada por completar o percurso mais gelado da minha vida. Passei a mão nos olhos e senti uma camada de lágrimas congeladas nos cantinhos. Quando tirei o cachecol do rosto, percebi que ele estava meio duro... O vapor da minha respiração tinha congelado o tecido. Será que eu sobreviveria a dois meses e meio de geladeira? Chegando na escola, conferi a temperatura: -21°C. Bem que o Fábio disse...

O contato com os –21°C foi marcante, mas nada supera o dia em que eu senti um frio de 34 graus negativos. Quando saí de casa, percebi que o congelamento do meu rosto foi diferente – forte a ponto de eu perder a capacidade de articular os músculos da face e, conseqüentemente, enrolar um pouco a língua para falar. Desde que fosse breve, isso não me incomodaria... Eu só precisava caminhar os 300 metros de todos os dias até chegar ao metrô, um lugar tão quente que me fazia até transpirar.

O começo da caminhada foi tranqüilo. Suportável até o momento em que começou um vento absurdo! Não tive escolha, virei de costas para não ter meu rosto congelado de fato e para conseguir vencer a força do vento contra os meus joelhos. Durante a ventania eu pensava em todos os alertas que meu amigo Fábio tinha feito e me culpava “Eeeeeee Marcela, quem mandou você duvidar do menino? Agora está aqui, congelada, cambaleando de costas”.

Depois dos –34°C, jurei nunca mais dizer que estou com frio, que minhas mãos estão congelando ou que um ventinho à la Monte Verde é forte. Sem dúvidas, todas as pessoas DO MUNDO deveriam passar por essa experiência pra conhecer um clima de freezer – porque geladeiras são até quentinhas perto disso.

Os anos 60 voltaram à moda ou nunca saíram?


Quando vi essas duas fotos de Drew Barrymore não resisti: cai de amores pelo make, pelo cabelo e pelo look completo da atriz. Eu já suspeitava que tinha uma queda pelas décadas clássicas - 40, 50 e 60. Acho tudo mais bonito, mais criativo, mais elegante. Assumo que sou uma retrô-nostálgica. Daí vem o meu palpite: essas décadas passadas nunca nos deixam, já reparou? Esse look Brigitte Bardot, tão charmoso, será eterno.

Mantenha a distância - ou faça como elas...


Alguns podem achar que as Esforçadas desse blog praticam o celibato - tamanha a falta de post sobre sexo e afins. Me dei conta disso esses dias. Mas a verdade é que para falar sobre sexo você precisa ter tempo de pensar em algo bastante original - senão cai naquele monte de chavões puritanos que não acrescentam nada, não é mesmo?

Voltando ao sexo - mas não tanto assim - esse tema também me veio à mente após assistir ao filme "He's not that into you" (ou "Ele não está tão afim de você") com uma amiga no último sábado. De antemão, um aviso: a não ser que você pague meia entrada (porque os cinemas estão pela hora da morte aqui em SP), espere sair em DVD. Não é graaaaande coisa, mas diverte.

Continuando o raciocínio, tem uma personagem no filme interpretada por Scarlett Johansson que é totalmente fatal. Ou melhor: ela sabe controlar muito bem sua sexualidade e não tem o menor pudor em tentar conquistar um cara casado usando seus atributos físicos. Ela é tão descarada que deixa até o rapazito desconsertado com tamanha segurança quando o encara como quem diz: "Quer? Vem pegar!".

Para mim, esse tipo de atitude serve de espelho para nós, mulheres da vida real, pensarmos um pouco sobre nosso comportamento diante do sexo oposto. Faz tempo que não dá mais para bancar a "boa moça" quando se está com o outro e, na minha opinião, fica meio ridículo insistir na postura "princesinha encastelada". Vá a luta, minha filha!

Dito isso, listo aqui outras personagens cinematográficas as quais você deveria prudentemente manter seu rapazito à distância (milhas de distância) ou que, num momento de solteirice, podem nos inspirar. Contando com Scarlett, uma versão bem moderna da mulher fatal, temos:
- Natalie Portman em "A Outra": no papel de Ana Bolena, interpretou a nobre inglesa que conseguiu fazer o rei Henrique VIII se divorciar em pleno século XVI. Ela também foi capaz de contornar as investidas sexuais dele com bastante charme e inteligência até se tornar a rainha da Inglaterra. Pena que morreu decapitada. Inspire-se: Para Ana, a sedução era um jogo de fazer os homens quererem exatamente aquilo que ela mesma queria.

- Angelina Jolie em "Sr. e Sra. Smith": Jennifer Aniston não levou a sério a fama de "devoradora de homens" da colega de elenco de seu então marido, Brad Pitt, quando a produção começou a ser feita. Não deu outra. Com aquela, difícil ter fidelidade que resista, seja de homem, de mulher... Inspire-se: Olhar poderoso. Jolie faz tudo acontecer com um mover de sobrancelhas.

- Kathleen Turner em "Corpos Ardentes": Tipo aranha viúva-negra, ela caça, mata e come, não necessariamente nessa ordem. Filme dos anos 80 que vale muuuuito a pena alugar, mostra a personagem de Turner acabando com o vigor sexual do pobre William Hurt enquanto lhe tira todo o dinheiro. Dissimulada até a última gota... Inspire-se: Não precisa fazer igual, mas ajuda a reconhecer quando uma delas está por perto.

- Marilyn Monroe em "Torrentes de Paixão": Indo um pouco mais lá atrás, encontramos a diva das divas no único papel em que não banca a loira burra e sexy. Incrível sua habilidade de encontrar a vítima perfeita e usar os homens conforme a necessidade do momento. Inspire-se: nessa personagem, nada é inocente. Do jeito de andar ao tom da voz, há sempre um propósito.

Só para quem gosta de gatos!

Recebi este e-mail da Carmencita, minha revisora xuxu. Achei muito engraçado, pois nós, gateiros, somos todos irmãos graças aos nossos atos, sempre parecidos.
Risquei o que eu não faço. Do resto, faço tudinho com meus felinos.
Se identificou?

Você é um Gateiro(a)?
(autor desconhecido)

1. Você seleciona seus amigos com base no quanto seus gatos gostam deles?
2. Seu desejo de ter gatos se intensifica durante períodos de stress?
3. Você compra mais do que 20 kg de areia sanitária para gatos por mês?
4. Você acha engraçadinho quando seu gato passeia sobre a mesa ou lambe a manteiga?
5. Você admite, para aqueles que não gostam de gatos, quantos gatos você realmente tem?
6. Você dorme na mesma posição a noite toda, porque seu gato se sente incomodado quando você se mexe?
7. Você beija seu gato na boca? Na boca não, só na bochecha!
8. Seu gato senta à mesa (ou na mesa) enquanto você come?
9. Seu gato dorme na sua cabeça e você gosta?
10. Você tem mais do que 4 sacos de ração abertos e rejeitados dentro do armário? Eles sempre gostaram de uma marca só, então não arrisco!
11. Você não muda o canal da TV porque seu gato está dormindo em cima do controle remoto?
12. Você comprou um vídeo, com um peixe nadando num aquário, só para entreter seu gato?
13. Você fica em pé, com a porta da rua aberta, congelando de frio, enquanto seu gato cheira a porta, decidindo se sai ou entra? Meus gatos não saem de casa! Posse responsável, minha gente!
14. Você prefere ficar em casa com seu gato do que sair para um encontro ruim?
15. Você dá presentes de Natal para o seu gato e gasta mais com os presentes para ele do que para a sua família?
16. Seus cartões de Natal trazem seu gato sentado no colo de Papai Noel e seu gato assina o cartão?
17. Você espera seu gato levantar para arrumar a sua cama?
18. Você sai da cama, pulando pela cabeceira ou pelos pés, para não incomodar seu gato que está dormindo?
19. Antes de sair de casa, você conversa com cada gato explicando por que tem que sair e a que horas irá voltar?
20. Você dorme sem travesseiro porque seu gato está dormindo nele?
21. Você nunca deixa faltar areia sanitária para seu gato, mas esquece de comprar o seu papel higiênico?
22. No supermercado, a primeira coisa que você procura é a área de alimentação para gatos?
23. Você dorme sentado porque estava lendo na cama e seu gato deitou sobre suas pernas?
24. Você demora mais tempo do que o normal para ler jornais e revistas porque seu gato se deita sobre as páginas enquanto você lê?
25. Você faz uma ceia especial para gatos no Natal?
26. Você tem fotos do seu gato na carteira no celular e as mostra quando seus amigos começam a mostrar fotos de filhos?
27. Quando as pessoas telefonam para conversar, você insiste para que elas dêem uma palavrinha com o seu gato?
28. Você só marca encontro com pessoas que tenham gatos?
29. Quando alguém vai a sua casa, você apresenta seu gato pelo nome e vice-versa?
30. Você guarda caixas vazias de papelão porque seu gato gosta de dormir dentro delas?
31. O filtro do seu aspirador de pó está sempre cheio de pêlos?
32. O dono do pet shop já perguntou: "Afinal... Quantos gatos você TEM?!"
33. A sua conta de veterinário é maior do que a sua conta médica?
34. Todos Alguns livros na sua estante são sobre gatos?
35. Quase todos os seus bookmarks são sobre sites de gatos?
36. Seu gato tem sua própria página web, blog ou e-mail?
37. Você coloca o relógio para despertar às 5h30 da manhã, para se levantar e limpar a caixa sanitária de seu gato antes que ele a use? Isso eu deixo para a mami! 
38. Seus gatos fazem você abrir a torneira da pia da cozinha, do banheiro e da lavanderia para beberem água?


Nada de ficção

Duro é sua trajetória virar filme porque você foi assassinado brutalmente em uma das cidades mais civilizadas do mundo. Triste fim para Jean Charles - na telona interpretado por Selton Mello.

Lúxuria, lascívia... e bom-humor


Adooooro quando aparecem sites que falam sobre sexo de uma maneira divertida, inteligente, espirituosa. Tratar do assunto é muito mais díficil do que parece porque se pode descambar para a vulgaridade - ou para um puritanismo de dar sono.

Por isso recomendo o pauparatodaobra.blogspot.com. Vai lá, clica e me diz se depois você não vai ficar acessando, acessando...

Adooooooorei!

Por uma vida menos ordinária



Acabei de ler a reportagem de capa da revista Rolling Stone de março. Ela fala do novo álbum do U2 - "No Line On the Horizon" - e traz um perfil-entrevista ótimo com a banda. Eles são grandiosos, eles são chamados "a maior banda de rock do mundo", eles me remetem à palavra LIBERDADE.

Há pouco mais de 3 anos o U2 veio se apresentar aqui em São Paulo com a turnê "Vertigo". Eu quase não acreditei porque até o anúncio dos shows só aconteceu em janeiro de 2006 e, antes disso, eu estava frustrada por não ter conseguido juntar dinheiro suficiente para ir vê-los em qualquer outro lugar do mundo. Assim que chegou o dia anterior ao de abrirem as bilheterias para a venda lá estava eu. Fiquei das 4 da tarde de domingo até às 11h30 da manhã da segunda na fila para comprar o meu ingresso. Não dormi, mas também nem conseguiria. Era minha passagem pessoal para a liberdade que eu só conhecia nas letras e na minha imaginação.

Quem não foi ao show se arrependeu, com certeza. Eu cheguei nove horas antes de abrir os portões e estava entre as 1200 primeiras pessoas da fila (das 70 mil que encheram o Morumbi). Quando entrei no estádio, ainda consegui ficar bem diante do palco, na chamada "hot area", que tanta especulação gerou. Bono subiu ao palco com uma jaqueta estampada com a bandeira do Brasil à minha direita pontualmente às 9h45 da noite. A mágica então se instalou de vez e eu me lembro exatamente da sensação daquele momento: tudo no meu corpo tremeu. Suor, lágrimas, um sorriso imenso no rosto e os riffs de City of Blid Lights" tocando ao fundo. Fiquei muito perto, esmagada contra a multidão, de mão dadas com um monte de gente que eu nunca tinha visto, mas que compartilhavam comigo naquele momento mais do que já tinha experimentado em diversas amizades ao longo da vida.

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Não sou fã de outras bandas ou artistas a ponto de fazer o que fiz. Acho a Madonna incrível, por exemplo. Uma mulher que conseguiu muito poder e isso é inspirador. Mas jamais repetiria a mesma saga para assistí-la no palco. Gosto da voz e do tom messiânico de Bono, da guitarra piscodélica do The Edge, da seriedade do Larry na bateria e do estilo do Adam tocando baixo. Eles funcionam como um organismo. Posso citar aqui diversas músicas que mexem comigo por questões quase ideológicas, como "Pride - In the name of Love" ou "Sunday Bloody Sunday". Ou então aquelas que foram meus hinos particulares em momentos nos quais apenas precisava seguir em frente, como "Walk On" ou "Stuck In a Moment". As músicas do U2 são sempre minhas, não servem para compartilhar com um amor ou um momento entre amigos. Elas falam diretamente à minha alma.

Ainda não ouvi o novo CD da banda. Mas, como é possível perceber, seria impossível fazer uma análise imparcial do som. Provavelmente vou gostar - MUITO. Pelo texto que li, vou gostar certamente. Ele me fez voltar à idéia inicial que originou esse post: liberdade. Quando eu ouvia U2, sozinha andando pela praia, dirigindo, no quarto ou na balada, minha mente instantaneamente ia para longe. Para a grama verde de Slane Castle, na Irlanda, para as ruas movimentadas de Londres, para um pub qualquer em Dublin. Fazia eu me sentir uma cidadã do mundo, livre, livre, com apenas o coração batendo forte e um monte de coisas pela frente.

Não tenho como deixar de terminar esse post em tom melancólico. Fiz 27 anos há poucos dias e não fiquei satisfeita. A rotina se resuma a pagar contas, pegar trânsito, controlar as frustrações e - de vez em quando - ter alguma diversão. Não estou reclamando, só constatando. Nossa vida, como está não é ação - é reação. Você reage aos problemas e tenta contorná-los um a um, a medida que vão aparecendo. É uma teia que te envolve e não dá para sair dela.

Talvez seja por isso que nem penso ainda em casamento, filhos, casa própria... Essas coisas de "adulto". Dentro de mim tem um espírito que só quer vagar por aí sem se preocupar se a revisão do carro já venceu ou em voltar para casa pra trabalhar no dia seguinte. Por isso, uma certa melancolia me persegue. Mas agora eu já sei como acabar com ela.