Não, não fui abduzida por extraterrestres. Não, também não morri e essa mensagem não é psicografada. Ops, também não, não tive um ataque súbito de amnésia e esqueci quem sou, onde estou ou para onde vou (embora quase tenha esquecido login e senha para acessar esse humilde bloguinho... hehe).
Continuo sendo a Gra, pobre mas esforçada (e cada vez mais, a mercê de uns e outros....). Tenho tanta coisa para falar. Boas, nem tão boas, complexas, nem tão complexas....
Mas o mais legal é que volto para meu aconchego, parafraseando Elba Ramalho, em um momento complicado da vida: fui abandona. Sim, largada às traças, ao deus dará. E sabe por quem? Pela minha psicóloga. Sinto que nem uma profissional aguentou meus momentos de loucura. Vou contar para vocÊs
Um lindo sábado de sol, pego o possante em direção à terapia. Trânsito bom na Paulista, mais tranqüilo ainda na Vila Mariana. Lugar fácil para estacionar. Tudo muito estranho. Mas ainda acredito em bons dias de sorte. Ledo engano. Entro na terapia
- Bom dia, Graziela!
- Bom dia!
Momento de se sentar. A cadeira não é lá tão confortável assim, mas já estou acostumada. Passarinhos piam lá fora. Penso: “realmente o dia vai ser bom”. Quero começar a falar, mas ela é mais rápida.
- Então, Graziela. Está complicado manter o consultório aqui em São Paulo só de sexta e sábado e ficar no interior durante a semana (ela se mudou para trabalhar fora). Vou ter que fechar...
Depois disso, não escutei mais nada. Só pensava: e agora? E agora, quem poderá me defender? Como não sentar nessa cadeira tão legal (não era ruim até minutos atrás???), olhar para minha querida amiga (ué, mudamos a relação??) e falar de tudo. Chorar, sorrir... Um aperto, daqueles que eu tinha a cada ano quando mudava de sala na escola, foi dando no peito. Mas não, eu era forte e não iria chorar por causa disso, né? Imagina.... Quando ela tentou voltar ao objetivo da sessão – falar de mim -, meu olho foi se enchendo de lágrima e ...
- Graziela, você quer chorar?
Buáááááááááááááááá.
- É que eu me apego demais nas pessoas, sabe?
Sabe? Não, acho que nem ela nem eu sabíamos disso. Não queria mais falar de nada durante toda a sessão, só ficava pensando que não teria mais sessão, então para que falar? Fui embora triste, arrasada, dispersa... Acreditam? Agora a nova missão é arranjar uma nova. Acho que sem psicológa, depois de eu ter chorado porque minha sessão acabaria, não dá pra ficar, né?
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7 comentários:
Calam, eu sei que é difícil, mas você vai achar alguém (uma nova psicóloga, no caso) que te entenda (rs)
Oi Ana, tudo bem? Estou na procura, mas devo que admitir com uma certa preguiça. Começar a contar tudo de novo... ahh...
beijo
Gra, vc precisa assistir à peça "Confissões das Mulheres de 30". Tem uma parte que elas falam exatamente sobre isso e é muito engraçado!
Beijocas!
Van
Oi Van, pootz, preciso mesmo. Estou louca para ir assistir. Menina, é um drama isso... vc nem imagina.. hahaha. beijo
Gra
putz, senti isso quando a minha disse que eu nãoprecisava mais de terapia........pois é
Chequem o Bazar do meu post de 18/07 !
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