Abro os olhos. Um bocejo. Ai, que preguiça, queria dormir mais. Me jogo para fora da cama antes que aquela soneca que te faz perder a hora ganhe força. Lavo o rosto. Escovo os dentes. E esse cabelo hein? Será que vai melhorar até a hora de sair? Acho que não...
Abro o armário. Chega a hora da dúvida que todos os dias me consome. Com que roupa eu vou? Está calor, frio, chovendo, ventando? Estou de bom humor, humor limão, desencanada, com pose de arrumada, vou sair com as amigas, vou ter reunião?
Eis que depois de algum tempo (que varia de 5 a 40 minutos) escolho o modelito. Falta combinar o sapato. Parte dois do armário, uma porta só para eles. Lá está ela, a sapatilha dourada, minha amiga de todas as horas, de todos os ambientes, minha companheira default... Mas será que vou colocá-la de novo? Que sem graça! Com tanto sapato dentro do armário dando mole para mim...
Calço a plataforma de verniz preto. Muito sexy. A anabela flocada da Melissa? Não, tá muito quente. A sandália marrom que me deixa superalta? Ai, superpreguiça de desviar dos buracos e pedregulhos do caminho até a minha mesa... E a rasteirinha cor de pele? Básica demais, penso eu. E assim, par por par, todos vão perdendo seu posto para a sapatilha douradinha. Ela combina com todas as roupas, ela é fashion, ela e casual, ela é confortável, ela é descolada. Ela deixa meus pés se refrescarem se descalço as douradinhas por alguns minutos enquanto estou trabalhando. O que posso fazer contra isso?
Não é possível! Lá vou eu com ela, de novo. Na batalha dos calçados, a sapatilha dourada é imperatriz. Destruíu o exército dos 300... dos 300 outros pares que, quietinhos, imploram por uma chande de sair do armário e ganhar o mundo. Nem que seja no Jaguaré.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
0 comentários:
Postar um comentário