Você já ouviu falar em "temporada de assaltos"? Não? Nem eu. Quer dizer, até acontecerem alguns incidentes comigo dias atrás.
Primeiro foi o notebook da empresa que eu esquecidamente deixei em cima da minha mesa ao invés de levar para casa. Brinde, no outro dia é claro que ele tinha sumido. Nem vestígio, nada. No mesmo feriado, as pessoas do quarto andar da Editora foram assaltadas também e levaram, de dentro do armário, uma sacola minha que tinha duas blusas. Lá se foram as roupas para o Reino do Beleléu...
No último sábado, enquanto eu estava fazendo plantão de final de semana, alguns bandidos entraram na minha casa. Não deu tempo de eles levarem muitas coisas porque meus pais logo retornaram do almoço... não demoraram quase nadinha e, por conta disso, pegaram os gatunos no flagra carregando DVD, monitor, rádio e até o George Foreman Grill para o lado de fora da casa. Acredita?
Depois de toda a confusão e do stress causados por este evento tão desagradável, fiquei aqui pensando sentada no meu quarto (que não foi tocado pelos criminosos, graças a Deus!): o que é mais caro para mim daqui de dentro e que eu sentiria uma imensa falta se alguém roubasse?
Não estou falando de coisas caras, não é isso. Estou falando do que tem muito mais valor sentimental do que custo em reais. Fiquei pensando em algumas coisas que são tão minhas, refletem tanto quem eu sou que se fossem roubadas seriam realmente insubstituíveis.
A porta do quarto, por exemplo. Eu colei nela diversas fotos de países e paisagens que quero conhecer no mundo. Tudo começou com uma xerox colorida da Torre Eiffel que eu fiz na sexta série para um trabalho de Geografia (ou seria Feira de Ciências?). E ele existe até hoje. Na época, xerox colorido era o máximo da tecnologia... veja bem quanto tempo faz. Bom, essa foto foi a primeira. Depois dela, todas as Marie Claire que eu lia ficavam sem a página de viagens. As cerejeiras do Japão, as fantasias de uma festa realizada nas ruas de Veneza, o bangalô de frente para o mar da Polinésia Francesa... tá tudo lá. Não, ninguém poderia roubar essa porta de mim.
E a almofada de Smile: nada feito ficar sem ela. Ela copia aquele símbolo amarelinho e eu comprei nas lojas Americanas. Deveria ter dado de presente para um alguém ai do passado quando... ela olhou pra mim e eu decidi ficar para mim. Ela não é amarela, é azul. E está com um dos "olhinhos" descolando. Mas é tão minha que não fica fora da minha cama. Faria muita falta.
E os DVDs de Sex and the City! Não, na-na-na! E meu livro "Hitchcock Truffalt" que fica no alto da estante embrulhado num plástico para não estragar? E as fotos da família? E o ingresso do último show de Djavan que fui com o namorado e está pendurado no mural? E o edredon vermelho que uso faça calor (semi-desértico) ou frio congelante? Não poderia certamente ficar sem.
É por isso que quando nos usurpam algo muito caro dá aquela raiva. Caro no sentido de querido e não de luxuoso. Caro porque é tão particular e já carrega a sua história de uma tal maneira que, longe de você, aquilo não tem mais serventia nenhuma.
Por isso, nada de pedir os DVDs de Carrie emprestados ou de regular a Marie Claire para mim. Ou então eu chamo a polícia, hein!
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2 comentários:
Espero que esteja td bem...
De verdade.
Um bj
Poxa meninas! Adoro o blog de vcs, mas há um tempinho que vcs não o atualizam. Aconteceu algo? Espero que não, que estejas tudo bem.
Bjs
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