Pois bem. Eu cheguei a ir até a Faculdade de Medicina da USP. Mexi nos cadáveres, vi os órgãos, os corpos esquartejados para estudo. Minhas amigas da época, que iam fazer fisioterapia, nem conseguiam suportar o cheiro do formol. Sai de lá decidida. Medicina. Seria uma neurocirurgiã. Dra. Luciana Borges, já imaginou?
O sonho durou um dia. Cortei o dedo com uma faca de pão, tomando café da manhã. O sangue me deixou meio angustiada e pensei que, se visse ele aos montes, provavelmente desmaiaria em cima do pobre paciente. Fim de caso, nada feito.
Me tornei uma jornalista.
A fixação pela medicina continua. Sábado, levei meu cachorro para fazer exames (ele é um vovô cachorro agora e está com a saúde um tanto frágil). E achei o máximo os veterinários supercompenetrados andando para cima e para baixo com seus jalecos estampados com patinhas caninas.
Outra maneira de alimentar meu desejo recolhido é ficar assistindo a séries médicas. Sou fã de todas. Umas mais, outras menos, mas costumo parar de zapear os canais quando vejo um galã nas salas de cirurgia da ficção. Atualmente, Grey's Anatomy é a minha preferida, mas tem espaço para House... e os médicos de outras séries, como o Jack, do Lost, também ficam entre meus favoritos.
Hoje estou aqui: jornalista em estado de coma. Caso perdido, receita extraviada. Em busca de uma segunda opinião para o meu caso.
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