Chegou nesta segunda-feira ao Rio de Janeiro o presidente da França, Nicolas Sarkozy, e a primeira-dama, Carla Bruni .
Mulher refinada, esguia, bela, educada, pacata, desceu do carro na frente do Copacabana Palace, sorriu sem medo de ficar com rugas, acenou para um pequeno amontoado de fotógrafos (afinal, a maioria ainda corre atrás de Madonna, a diva) e entrou para ocupar a suíte presidencial do hotel.
Mais tarde, usando um discreto vestido de bolinhas brancas, nada de decotes ou de jóias, ela circulou pelo Rio fazendo compromissos politicamente corretos. Mas sem cara de tédio ou falso entusiasmo. Lá foi ela conhecer o banco de leite da Fiocruz.
A pergunta é: o que Carla Bruni tem? Elas nasceu na Itália, mas seu pai biológico tem origem brasileira. Fala diversos idiomas, já foi modelo na década de 80, cantora de sucesso - lançou 3 discos, o mais recente este ano -, compõe e entende de política. Já namorou Eric Clapto, Mick Jagger, um político italiano e um filósofo, que é o pai de seu filho único, Aurelien.
Confesso que eu tinha uma certa birra com Carla Bruni. Achava um pouco descabido tanto assédio só porque ela foi modelo, é uma bela mulher e costuma falar da vida pessoal em suas canções. Torcia o nariz, veradade. Até que li a entrevista dela na Marie Claire deste mês. E vi a tamanha elegância com a qual ela respondeu às perguntas, na maioria das vezes provocantes, que a jornalista fazia.
Era calma e polida, mas extremamente honesta.
Foi assim que ela entrou no meu hall de mulheres de verdade. Porque autenticidade, hoje em dia, está em falta. Num mundo onde tudo é pasteurizado, siliconizado, aloirado e cheio de botox, não haveria como ela não se destacar. Carla já posou nua, foi grupie, foi mãe, e agora é primeira-dama. Para não se tornar uma babaca na história da França (que é cheia de mulheres voluntariosas e virtuosas), se dedica a aprender mais sobre o difícil jogo político.
Em outras palavras, acho que Carla Bruni está em outro patamar. Aquele mesmo onde foram parar Grace Kelly, Jackie Kennedy, Marilyn Monroe, Sophia Loren e, no Brasil, Leila Diniz. Mulheres de personalidade forte, que devem nos inspirar a sermos cada vez mais livres, mas sem perder a personalidade.
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4 comentários:
Eu também queria ser, rsrsrs...
Ela é muito chique e detalhe é sexy naturalmente...
Tudo de bom essa francesa...
Ai que inveja, rsrsrs...
Tenham um feliz natal já adiantado...
Eu adoro Carla Bruni, conheci mesmo antes de tornar-se primeira dama, suas canções me tocaram. Ela é especial.
Oi Luna,
Eu só ouvi a Carla Bruni no Youtube, mas concordo com vc. Ela tem alguma coisa de especial.
feliz Natal
Beijos
Lu
Eu achava que ela era uma modelo que deu certou ou deu sorte. Mas depois de ler um pouco mais sobre sua vida, achei ela uma mulher de muita atitude e talento. Aliás, desenvolvendo talentos para cada época da vida.
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