Nostalgia

Sempre fui um pouco nostálgica. Na adolescência, ia dormir ouvindo “love songs” – sim, sim, era na antiga rádio Cidade. Pensava nas pessoas que passam correndo pela nossa vida, no amor que estava vivendo, no passado. Chegava a chorar.

Mas as coisas mudam muito com o tempo. Você amadurece e parece que nem conhece mais aquela menininha boba, que morria de ciúmes das amigas e achava que nunca ia crescer.

Um dia desses, no meio da bagunça da mudança de casa, me deparei com a minha caixa de recordações. Achei o meu diário rosa. Desde que usei todas as suas folhas, não escrevo mais sobre minhas lamentações, angústias, desejos... Há dois anos não desabafo no papel.

Dentro do meu “relicário”, encontrei cartas de 10 anos atrás, quando o meu maior problema era achar um pai ou mãe bacana para levar eu e minhas amigas na matinê do Espéria. Li outras que escrevi, mas nunca tive coragem de mandar. Encontrei cartões de Natal de pessoas que quase não vejo mais. Lembranças de ex-namorados. Achei até o saquinho de vômito que usei para escrever sobre a ansiedade que estava sentindo no avião, a caminho de Miami, aos 15 anos.

Pena eu não ter achado muitos momentos bons no meio daquela papelada. Afinal, quando nos sentimos bem, não precisamos desabafar com ninguém, muito menos com um pedaço de papel. Mas vou retomar esse meu vício saudável de contar histórias em uma folha em branco. Quero abrir essa caixa daqui a um tempo e ler que eu também já fui muito feliz.

2 comentários:

Anônimo disse...

Ai Cris, que bonito!! Escreva sim, sempre!
Beijos

Anônimo disse...

Gordaaaaaaaa

Hahahahaha nossos dramas que tem ia nos levar nas matines da vida ahhhhh que legal relembrar os velhos tempos e isso de quem ia levar e buscar sempre era uma nova briga em nós todas rsrs

Bjosssss

Van